A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) passou a fazer parte da lista das grandes universidades públicas do Brasil que começaram a usar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única maneira para o ingresso de alunos no ensino superior do país. O Conselho Universitário tomou esta decisão durante a tarde da terça-feira (19).
Conforme aponta o reitor Clélio Campolina da UFMG, o concurso vestibular vai ser substituído apenas pela adoção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que faz a seleção de alunos com base na nota que tiraram no Enem, e isto é fruto de estudos que a universidades diz estar fazendo há ao menos três anos. Campolina diz que o Brasil estava muito atrasado com relação a países como os Estados Unidos e a Europa, que há bastante tempo faziam a adoção ao sistema de avaliação do ensino médio, e ressaltou a qualidade do Enem.
O reitor também informou que o sistema de cotas da universidade não vai sofrer alterações devido ao fim do vestibular. Ele diz que a seleção através do Sisu é mais democrática, e ainda elimina custos aos candidatos e pode oferecer oportunidades iguais para todos.
Apenas cursos que vão exigir exames para que sejam identificadas habilidades, como por exemplo, música, dança e também de teatro, vão contar com editais de maneira específica. Campolina diz que os candidatos vão realizar a prova do Enem e depois vão fazer a prova de habilidades.
A meta que o Ministério da Educação tem é que o Enem substitua todos os vestibulares em instituições públicas brasileiras. Porém, devido a grandes falhas em várias edições da prova, a credibilidade do exame está sendo posta em cheque. Universidades mais tradicionais, como por exemplo, a USP e a Unesp, já disseram que só irão discutir se adotarão o Enem depois que forem solucionados todos os problemas do exame.