Foi declarada ontem (08) a independência do Sudão do Sul, que até então ainda se constituía como um estado a mais do Sudão. Agora, a República do Sudão do Sul é o país mais novo e mais pobre do planeta. Com o reconhecimento da nova pátria, o mundo passa a contar com 193 países. Por existir grande diversidade cultural entre as regiões norte e sul, o Sudão teve uma guerra civil que durou por décadas e agora pode reestabelecer os limites de acordo com a realidade das fronteiras.
Quando a África foi ocupada por colonizadores, a definição dos limites internos ao país aconteceu de acordo com as vontades dos ocupantes, ao invés de seguir as tradições com as quais os habitantes originais do continente estavam acostumados. Assim, o Sudão foi desenhado de maneira que povos com religiões diferentes foram obrigados a conviverem em conjunto.
Enquanto ainda era somente o Sudão, a divisão entre norte e sul já estava explícita. Agora, com a independência, a nova república precisa pensar em estratégias para conseguir desenvolver infraestruturas básicas para a sua população. Enquanto o norte do Sudão se mostra mais habitável, o sul praticamente não tem estradas, escolas nem postos de atendimento médico.
Com a independência proclamada, o Sudão precisa estabelecer qual será a nova fronteira, como será reconhecida a dívida do país e de quem são os royalties do petróleo que se encontra no agora Sudão do Sul, e qual será a moeda oficial da república recém-proclamada e como funcionarão os direitos e deveres dos cidadãos do norte e do sul no país que foi separado.