Nesta terça-feira (6) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (IPEA) divulgou uma pesquisa sobre o perfil dos universitários brasileiros, que mostra que ter uma profissão durante a faculdade pode ter impacto nos estudos dos estudantes.
Entre os alunos que trabalham, 44,7% apontou que estuda por um tempo inferior a cinco horas por semana. Esse valor diminui à metade quando são considerados os que realizam alguma espécie de trabalho sem remuneração ou os que não estão empregados. Os que apenas estudam, apenas 27,9% dizem dedicar um tempo inferior a cinco horas de estudos além da sala de aula por semana. Entre os que trabalham sem serem remunerados, a porcentagem reduz para 21,4%.
A pesquisa ainda aponta diferenças nas instituições públicas e as privadas. Os alunos de universidades públicas são a maior parte dos que afirmam destinar tempo superior para estudo por semana. Grande parte dos alunos que afirmaram estudar por 26 horas ou mais são da rede pública, e o valor é mais que o dobro da rede privada. Já os que dedicam tempo inferior a cinco horas semanais são em grande parte provenientes de instituições privadas.
Esta pesquisa do Ipea é parte de um estudo que compara os jovens brasileiros e chineses, que o instituto elaborou em conjunto com a Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), e também numa parceria com o Centro de Pesquisa em Infância e Juventude da China (CYCRC, em inglês) e a Associação de Pesquisa em Infância e Juventude da China (CYCRA, em inglês).
Para os dados no Brasil fossem descobertos, 2,4 mil universitários entre 18 e 24 anos foram ouvidos em São Paulo e Brasília. Na próxima parte do estudo, os dados que foram coletados irão ser comparados com os dos estudantes da China. Conforme aponta o Ipea, o objetivo desta pesquisa que faz a comparação entre os dois países é descobrir os motivos das diferenças que existem entre o estudo na China e no Brasil.