Depois de ter passado por um concurso vestibular com vagas destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que faz a seleção dos alunos pelo Enem, a Universidade Federal do Rio de Janeiro decidiu destinar 100% das vagas ao novo vestibular. Dentro destas, 30% serão destinadas aos alunos de colégios públicos, mas somente aos que comprovarem renda familiar de um salário mínimo (R$545,00).
A decisão foi colocada pelo reitor Aloísio Teixeira, que está prestes a passar o mandato para Carlos Levi. A proposta da mudança também foi iniciativa do atual reitor, que teve que conceder um aumento nas vagas para os cotistas para conseguir amenizar o acordo com os contrários à readequação total.
Representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ e conselheiro do Consuni, Tadeu Alencar votou contra a decisão. Para ele, ainda é muito cedo para aderir totalmente ao Enem. Principalmente depois dos problemas pelos quais o Ministério da Educação (MEC) passou ano passado, com o vazamento das provas e das informações sobre os estudantes, Alencar acredita que o passo foi muito precipitado. Porém, os 30% destinados aos cotistas foi uma exigência deles, pois o reitor propôs inicialmente 20%. A princípio, a intenção de Alencar era conseguir 50% das vagas.
O edital aberto para o próximo vestibular já informava que os estudantes deveriam se inscrever no Enem para participarem do processo de seleção. As datas marcadas para a realização do Enem são nos dias 22 e 23 de outubro. São cinco provas sobre temas diferentes e a redação.