A greve dos bancários deste ano já conseguiu fechar 9.092 agências e também muitos centros administrativos. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que é filiada à CUT (Central única dos Trabalhadores), órgão que reúne os sindicatos dos bancários de vários Estados.
Isso representa cerca de 42% de todas as agências do país (21.714, segundo números que foram divulgados pelo Banco Central. A Contraf-CUT teria considerado os dados que foram enviados até o término do horário comercial pelos 123 sindicatos e também por dez federações que fazem parte da integração da entidade.
A Febraban, que é entidade que representa os bancos, não divulgou dados da greve. A paralisação vai continuar na próxima semana e ainda deverá ser intensificada, segundo divulgou a assessoria de imprensa da Contraf-CUT. No primeiro dia da greve, a adesão ainda era muito pequena, com apenas 5.132 agências fechadas. Já na quarta, esse número subiu para 7.324 e na quinta chegou a 8.527.
A paralisação está incluindo todos os bancos públicos quanto os privados. Na paralisação do ano passado, a categoria fechou as portas por 21 dias
Os bancários estão reivindicando um reajuste salarial porcentual a 10,25%, com 5% de aumento real, além da melhora nos planos de cargos, de carreira e também de salários. Além disso, a categoria busca maior participação nos lucros e também nos resultados (PLR), além de mais segurança nas agências em que trabalham. A proposta que foi oferecida pela Fenaban (de 6%, 0,58% de aumento real) não foi aceita e ainda passa longe do que foi requerido pelos funcionários.
A Fenaban já declarou em nota que está lamentando a decisão que foi tomada pelos sindicatos de terem recorrido à greve e garante que confiam no diálogo para que possa haver a construção da convenção coletiva.