Sabe aquelas soluções de última hora, como prego no chinelo de dedo e clips para pendurar alguma coisa? São esses improvisos que serviram de inspiração para muitos engenheiros do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) pensarem em soluções simples para situações do dia a dia. O MIT é uma das mais respeitadas instituições de tecnologia do mundo. É líder em pesquisas de tecnologia, ciência e outros campos de ciências humanas.
Um dos mestres dessa universidade, que forma os grandes cientistas e inovadores, tem um laboratório especifico para inventar nada mais do que gambiarras! José Gómez-Márquez procura soluções que sejam de baixo custo, principalmente para a área da medicina, conseguindo atender pessoas de renda mensal baixa.
Em suas gambiarras, o professor conseguir elaborar um controlador de remédios antituberculose com um filtro de café. Coisa simples para quem consegue fazer um inalador com a bomba de uma bicicleta. Segundo o professor, cerca de 90% de todos os equipamentos que os países da América Latina usam em seus hospitais, são os equipamentos doados dos países mais ricos. E 80% desses equipamentos de segunda mão param de funcionar em seis meses de uso. O interessante de toda a pesquisa e confecção dos materiais feitos com produtos recicláveis, é que qualquer um poderá fazer. Não fica restrito aos “gênios” do MIT.
O professor ainda é responsável por um projeto voltado a Inovações em Saúde Internacional, que conta com 12 laboratórios espalhados pelo mundo. Alguns instrumentos médicos já estão em uso, no Nicarágua, por exemplo. Além de receber o protótipo, o profissional da saúde recebe uma caixa com todo o equipamento para ser montado antes do uso. Assim fica fácil montar vários outros equipamentos a partir do “modelo gambiarra”.
Além do professor Márquez, o médico mexicano Paulino Vacas Jacques, formado em Harvard também está no projeto. Ele acredita que muito mais do que sofisticar gambiarras, o trabalho possibilita simplificar e baratear a medicina em lugares mais pobres e de difícil acesso.