De acordo com as informações fornecidas pela sócia de uma escola responsável por aplicar testes de proficiência em inglês para pilotos de aeronaves, o nível da língua que é apresentado pelos brasileiros é muito baixo, estando no nível mínimo ou menos que isso do que é exigido para que eles possam operar voos internacionais. A declaração foi feita por Ana Neufeld, da escola Flight Crew de Madrid, na Espanha.
O inglês é uma língua obrigatória para aqueles pilotos que desejam operar voos internacionais. No entanto, segunda Ana, a maioria dos brasileiros que passaram pela sua avaliação tem nível quatro, em uma escala que vai de um a seis. Esse nível, considerado operacional, seria o mínimo exigido para que eles possam pilotar voos internacionais. Ainda de acordo com ela, entre 15% e 20% dos pilotos brasileiros são reprovados nesse teste e não podem pilotar aeronaves que irão operar em destinos internacionais.
Segundo Ana, esse nível apresentado pelos pilotos brasileiros é muito diferente do que é apresentado pelos pilotos de outras partes do mundo que são atendidos pela a escola. Cerca de 35% dos pilotos europeus, por exemplo, têm o nível cinco de inglês, que é considerado avançado. Além disso, um problema apontado por ela é que os pilotos brasileiros não têm interesse em melhorar o seu inglês para avançar para o nível avançado. Desde o mês de dezembro de 2011, a escola da qual Ana é uma das sócias já avaliou cerca de 150 pilotos vindos do Brasil.
Um fato que foi muito criticado por Ana foi o de a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, ter cancelado a prova de inglês feita por pilotos do Brasil no mês de junho. Enquanto não refazem as provas no Brasil, os pilotos só podem operar voos internacionais dentro do país.