Segundo especialistas, a degradação das terras no país tem como ser evitada. Para isso são necessárias novas técnicas que ajudam a evitar, principalmente, o empobrecimento do solo. Essas técnicas ajudam ainda a evitar o aparecimento de erosão. Esse é o tema que está sendo discutido durante o 9º Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas. O evento termina hoje no Rio de Janeiro. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) mostrou, com os resultados das últimas pesquisas, que há pelo menos 140 milhões de hectares de áreas degradadas no país. Esse espaço equivale a uma área duas vezes mais que o tamanho da França. A maior parte dos casos, segundo o ministério, é de áreas que tiveram a vegetação retirada para a plantação. Depois, com a baixa produtividade, esses terrenos passaram a ser usados para o gado e isso fez com que aumentasse a deterioração do solo, o que o tornou sem uso econômico, mas também sem cobertura vegetal.
Áreas de mineração também deterioram o solo e prejudicam o meio ambiente
O ministério também apresenta dados que indicam que as áreas de mineração de carvão ou ferro também prejudicam a estrutura do solo e deixam crateras que precisam ser fechadas para o plantio de árvores para recompor a paisagem antiga. Segundo Gustavo Curcio, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Florestas), na região amazônica, onde a camada fértil da terra é muito rasa, a derrubada da mata compromete a natureza e em curto prazo a área perde sua função econômica. Ele disse que geralmente as áreas servem para duas ou três safras somente, principalmente pelo fato de haver queima da matéria orgânica do solo. P pesquisador disse que para evitar isso é preciso investir em três áreas: lavoura, floresta e pastagem.