De acordo com a avaliação feita pelo gerente da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil, André Macedo e divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comportamento da indústria nos meses de abril e maio apresentou quedas disseminadas chegando a atingir 14 dos 27 setores pesquisados. A avaliação de Macedo é de que as medidas adotadas pelo governo foram muito pontuais, não tendo a capacidade de estimular a indústria nacional. Somente alguns setores, segundo ele, puderam sentir o efeito dessas políticas econômicas divulgadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo ele, só elas não são suficientes para melhorar o quadro desfavorável para mais de 50% dos setores. Os dados indicam que a produção chegou a cair neste período, o que significou um resultado negativo que vai contra a expectativa que o governo tinha. Se comparado com o mesmo período de 2011, a queda foi ainda pior, chegando a 4,3%. Ao relacionar com dados históricos de 2009, a produção neste período do ano caiu 7,6%.
Medidas pontuais do governo afetam somente alguns segmentos, diz Macedo
Segundo a explicação de Macedo, essas medidas recentes adotadas pelo governo tiveram reflexos, no entanto eles foram pontuais e não suficientes para alavancar o processo produtivo das indústrias. Os segmentos que tiveram aumento foram da produção de eletrodomésticos de linha branca, como é o caso de geladeira e fogão, por exemplo. Já o restante da produção, de modo geral, continua estagnado e com números negativos nas pesquisas e avaliações feitas pelos institutos. Os motivos que Macedo aponta para isso é que alguns setores estavam com grandes estoques e ainda não acabaram com eles e, além deste, a inadimplência das famílias também tem impacto no aumento ou não da produção industrial.