A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiu vetar a participação do Paraguai na cúpula de Mendoza, na Argentina. Mas esta decisão não foi aceita pelos paraguaios que, de acordo com sua chancelaria, a exclusão não possui nenhuma base jurídica. A chancelaria afirmou, através de um comunicado, que a determinação foi feita sem verificar o Tratado da Unasul.
Este tratado afirma que a convocação para a cúpula deve ser emitida pelo país que atua em presidência temporária que, neste caso, é o Paraguai. A decisão de excluir o país da reunião aconteceu em decorrência do processo rápido de impeachment do presidente Fernando Lugo. Nesta quarta-feira (27), a Secretaria-Geral da Unasul, comandada pelo venezuelano Alí Rodríguez, confirmou a exclusão do Paraguai.
Comunicado
Em um comunicado oficial, a Secretaria-Geral da Unisul disse que a determinação se baseou nos acordos firmados na cúpula do dia 21, que aconteceu no Rio de Janeiro. Além disso, o comunicado informa que a decisão também teve como base os resultados obtidos por representantes da Unasul e chanceleres, que tomaram conhecimento sobre os vários aspectos da atual situação política em que o Paraguai se encontra.
Na quinta-feira passada (21), Fernando Lugo foi retirado do cargo de presidente do Paraguai em um ato relâmpago. A alegação era de que Lugo não estava cumprindo corretamente a função e Federico Franco, o vice-presidente, assumiu como presidente. A legitimidade do impeachment sofrido por Lugo é questionada pelos países da América do Sul.