Uma pesquisa que está sendo desenvolvida pela Fundação Osvaldo Aranha (UniFoa) em parceria com a prefeitura de Volta Redonda e o Instituto de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) tem por objetivo transformar restos de comida em adubo e energia. O projeto prevê um custo baixo e também conta com o apoio do governo do estado. O material usado são os restos descartados de um restaurante popular estadual. Segundo o coordenador do estudo Roberto Guião, as sobras das refeições são misturadas com folhas e aparas dos vegetais e passam por um processo de compostagem. Segundo o coordenador, os resultados iniciais animaram o grupo de pesquisadores para continuarem os trabalhos.
Projeto já apresenta resultados promissores, segundo coordenador
O objetivo é usar o processo de compostagem para aquecer a água. A pesquisa mostrou que já é possível 30 graus Celsius a mais relação à temperatura ambiente. Segundo os pesquisadores isso ainda é pouco para residência, mas os resultados são promissores. Além disso, o processo poderá ser feito no estabelecimento e com baixo custo. Além disso, segundo Guião, os restos de alimentos equivalem a cerca de 50% do total dos resíduos orgânicos sólidos gerados diariamente no Brasil. O aproveitamento desse material evitaria as emissões de gases de efeito estufa e o chorume nos aterros sanitários.
Além disso, o adubo gerado por esse processo seria usado para os jardins e áreas de reflorestamento. Isso evita o uso de fertilizantes produzidos à base de petróleo e também minimiza o trabalho dos coletores de lixo. Com algum tempo mais de pesquisa será possível perceber as reais vantagens desse processo. Segundo Cláudia Regina de Azevedo Fernandes, representante da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, esse projeto vai representar também economia para os cofres públicos ao produzir a água aquecida.