A greve dos trabalhadores do Metrô da cidade de São Paulo, iniciada na madrugada desta última quarta-feira (23), gerou uma manhã de caos para os paulistanos, com um trânsito que bateu um recorde histórico, chegando a 231 km de engarrafamento. Passageiros revoltados acabaram entrarndo em confronto com policiais.
A greve foi discutida e aceita na semana passada, depois que um acidente causou a colisão de dois trens na linha 3-vermelha. Contudo, a paralisação não aconteceu em todas as estações e linhas. De acordo com as informações do Metrô, a linha 1-azul funciona entre as estações Ana Rosa e Luz, a linha 2-verde funciona entre a Ana Rosa e Clínicas, e a linha 3-vermelha opera entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília. Porém todas elas estão com menor velocidade e com mais tempo de espera. As linhas 5-lilás e 4-amarela, controladas por concessionária privada, operam normalmente, mas também com menor velocidade.
Todas as operações das linhas começaram com atrasos por causa da greve. Geralmente elas começam às 4h40, contudo hoje os primeiros trens saíram das estações somente depois das 5h. De acordo com o Metrô, a operação está sendo feita com aqueles funcionários que não aderiram à greve, além de seu quadro administrativo, que precisou ser deslocado e está trabalhando nas estações e bilheterias.
Através de um nota, o Sindicato dos Metroviários declarou que o Metrô está tentando operar o sistema “de forma precária, utilizando o seu quadro de supervisores, que não são completamente habilitados para as funções exigidas”. Segundo a nota, isso seria uma atitude irresponsável, que coloca em risco a segurança dos passageiros.