O Ministério da Educação (MEC), recolheu junto à mais de 150 escolas de educação básica brasileiras informações que revelaram uma surpresa para muitos pais: nem sempre o pagamento de um mensalidade é garantia para acesso em uma escola com melhor infra estrutura.
As informações foram divulgadas através do Censo Escolar 2011, indicando que a rede privada, com base proporcional, está menos equipada no que tange a laboratórios de informática e acesso a internet, além de oferecer poucas quadras na mesma proporção que a rede municipal, assim como o número total de bibliotecas e laboratórios de ciências como a rede estadual.
Números levantados
A cada dez colégios da rede particular, apenas seis oferecem laboratório de informática. Quando comparado com as escolas municipais da área urbana, o número aumenta para sete. Enquanto que na rede estadual, quase 90% dele oferecem acesso a computadores e 95% na rede federal.
Quanto a internet, apesar de índices aproximados, existem menos escolas privadas com acesso à banda larga que os colégios públicos. No âmbito federal, o acesso chega a pouco mais de 90%. Enquanto os colégios privados registram acesso em apenas 84,5%, nos estaduais o número chega a 89,7%.
Foi o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Thiago Alves, que analisou os dados do Censo Escolar 2011, que foram divulgados há cerca de dois meses pelo Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
“Os números dos itens de infraestrutura desmentem o mito de que a escola privada tem sempre melhor infraestrutura que as públicas. É preciso considerar que as escolas privadas com infraestrutura de primeira são exceção e destinadas a uma minoria que pode arcar com mensalidades altas”, destaca.