Cursos online gratuito foram criados por cinco universidades de prestígio norte americana, para que estudantes de diferentes partes do mundo possam usufruir de uma plataforma de ensino interativo, nomeada Coursera. Os criadores da plataforma foram anunciados na quarta-feira.
A plataforma irá oferecer mais de 30 cursos de nível universitário no próximo ano, através do endereço www.coursera.org. Os cursos irão envolver questões desde mitologia grega até neurologia, desde cálculo até poesia. Cada aula foi projetada e será ministrada por professores de universidades como Stanford, Universidade da Pensilvânia, Michigan e da Califórnia.
Os professores de ciência da computação da Universidade de Stanford, também fundadores da plataforma, declararam que receberam R$ 16 milhões como financiamento de duas empresas do Vale do Silício.
A plataforma se junta a uma série de projetos online, que de forma bastante ambiciosa, visa tornar o acesso ao ensino superior mais barato e possível. A maioria destes empreendimentos tem apenas publicado palestras completas na internet, sem nenhum tipo de interação. Outras iniciativas têm tentado criar novas instituições do zero na internet.
Daphne Koller e Andrew Ng, os fundadores do Coursera, explicam que esta plataforma será diferente, por terem professores de escolas renomadas ensinando com o uso do nome de sua instituição, adaptando os cursos mais populares para a internet, além de incorporar tarefas e outras atividades em vídeo, interagir com os alunos através de fóruns online, muitas vezes, através de videoconferência.
A princípio, apenas testes de respostas curtas e múltipla escolha serão avaliados pelo computador. A proposta é que mais para frente, a plataforma apresente um sistema que poderá também classificar e avaliar trabalhos com respostas mais complexas, ou ensaios e artigos.
Os alunos não irão receber créditos da faculdade, mas a plataforma irá oferecer certificados de conclusão. Outra forma de tentar lucrar com a proposta seria através da conexão entre empregadores com os alunos que mostraram aptidão em áreas específicas.
Além disso, as universidades que integram a proposta teriam uma melhora na reputação no exterior, se conectando ainda com ex-alunos que estão distantes e conseguindo algumas doações de alunos dos cursos online.