É muito comum que algum pai ou mãe tenha tentado disciplinar o filho através das tradicionais palmadas. A análise de pesquisas realizadas ao longo de vinte anos confirmou que o castigo físico não alcança bons resultados.
Pesquisas em todo mundo foram realizadas nos últimos vinte anos comprovando que existe uma forte relação entre este tipo de punição e problemas decorrentes como depressão, vícios e ansiedade, podendo iniciar na infância, se estendendo na vida mais adulta.
A metodologia mais usada na ciência para estudar o castigo corporal é conhecida como estudo controlado aleatório, onde crianças com níveis de agressão ou comportamento antissocial similares são estudadas no começo desta fase e sua progressão no comportamento é acompanhada.
Joan Durrant, psicóloga da Universidade de Manitoba e Ron Ensom, assistente social do Hospital Infantil de Eastern Ontário foram os dois pesquisadores responsáveis pela análise de 20 anos dessas pesquisas, incluindo uma avaliação com mais de 36 mil participantes.
Os pesquisadores concluíram que nenhum dos estudos indica que a punição física tenha alcançado resultado positivo, tendo inclusive encontrado na maioria dos casos, efeitos negativos.
Um fator que foi questionado se interferiria nesse resultado era a respeito da cultura de cada país, no caso do ocidente e oriente, com culturas mais tolerantes e outras mais radicais. Um dos pesquisadores explica que existe uma suposição, que afirma que quanto mais comum for uma experiência, menor seria o impacto nos integrantes do grupo que a praticam.
A pesquisa também indica uma resposta para este caso. Apesar da diferença no uso do castigo corporal entre crianças hispânicas, brancas e negras nos Estados Unidos, todas elas estão compartilhando os mesmos riscos de seu uso.
Do levantamento realizado, entre os brasileiros que declararam ter apanhado, grande parte, 42%, informou que isso aconteceu pouco. Apenas pouco mais de 10% afirmou levar algumas palmadas com frequencia de quase todo dia. Em ordem de frequencia, apanhar de chinelo era o mais comum, seguido por apanhar com cinto e por último, levar palmada.