Desde o anúncio da compra do Instagram na segunda feira (09), pouca gente entendeu porque a rede social pagou US$ 1 bilhão pela compra de uma ferramenta que, ainda, não representava nenhuma forma de ganhar dinheiro. De acordo com Simon Mansell, diretor executivo de uma empresa de venda de anúncios, o interesse do Facebook seria usar os dados do Instagram para aumentar a receita através de anúncios.
Simon aponta a ferramenta de fotos como um ambiente social online em que as pessoas seguem diferentes marcas voluntariamente. Por ser um dos primeiros lugares onde o Facebook captura anunciantes, as páginas coorporativas são de grande importância para a rede.
Outra possibilidade para o Facebook fazer dinheiro com o Instagram, seria usar um sistema parecido com o do Twitter, com tweets patrocinados, inserindo algo como uma foto patrocinada no streaming de imagens dos usuários da ferramenta. Este modelo não é atual, já que se alguém que você segue no Instagram curtir alguma marca, isso não aparece na sua timeline.
Uma terceira abordagem seria tirar proveito do sucesso do Instagram, de forma a manter as pessoas viciadas em acompanhar as fotos pelo Facebook. Mansell destaca que as fotos são o principal ponto forte da rede social, e o Instagam ameaçava levar esta questão para outro lugar.
Enfraquecendo outras redes
Também seria possível que o Facebook enfraquecesse o Twitter e o Foursquare ao mesmo tempo com a adesão da ferramenta. No caso do Twitter, para Mansell, a rede poderia ser usada como um termômetro do mercado, porque caso as pessoas continuam compartilhando as fotos da ferramenta pelo microblog, os dados deste tráfego agora caem nas mãos do Facebook. Isso daria a super rede social informações de se estão ou não perdendo mercado para o microblog.
Já no caso do Foursquare, o estrago seria ainda maior, porque a rede poderia se tornar mais irrelevante do que já é atualmente no cenário das mídias sociais. Atualmente é o Foursquare que fornece a base de dados que o Instagram usa para sua geolocalização.