Novas denúncias da operação Monte Carlo mostraram que há outros funcionários públicos envolvidos com o empresário Carlos Cachoeira, acusado de comandar o jogo do bicho no estado de Goiás. Novas investigações sobre o bicheiro mostraram que a quadrilha contava com o auxílio de um funcionário da Polícia Federal que atuava como espião, repassando informações sobre as investigações. Segundo os dados da Polícia Federal o funcionário era responsável por liberar veículos para os policiais.
Depois da divulgação do possível envolvimento do funcionário com a quadrilha, a polícia informou que ele foi afastado do cargo no mesmo dia para evitar maiores problemas.
De acordo com as investigações, um dos chefes da quadrilha, sócio de Cachoeira, recebia informações do agente da Polícia Federal sobre onde e quando iriam ocorrer as operações da polícia. Isso acontecia porque o funcionário acusado de fornecer as informações trabalhava com o fornecimento de carros para essas ações. Em função disso conhecia as datas e horários da atuação.
A investigação diz que o funcionário repassava as informações para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. O funcionário Anderson Aguiar Drumond forneceu dados sobre as operações por pelo menos três vezes à quadrilha no período de dezembro de 2010 e março de 2011. As gravações telefônicas mostram Dadá falando sobre o vazamento de informações por parte do funcionário. Depois, em fevereiro de 2011, outra gravação mostra Cachoeira autorizando outro membro da quadrilha, o Lenini, a fazer o pagamento ao informante, depois dele ter realizado seu trabalho repassando as informações. Em outras conversas aparece o valor de R$ 3 mil destinado a ‘Ander’ que a polícia acredita ser o funcionário.