De acordo com as previsões do Banco Central, a inflação de 2012 ficará abaixo do centro da meta (4,5%). Há um valor central, mas a inflação pode variar dois pontos para baixo ou dois pontos para cima. Essa menor inflação se deve a desaceleração da economia do país em função da crise mundial e também devido aos problemas enfrentados por outros países, principalmente os europeus. Já no caso de 2013, as estimativas do Banco Central já não são tão positivas e a inflação deve subir.
Esses dados levam para um outro campo de preocupação que diz respeito à taxa de juros. Essa diferença nas expectativas entre 2012 e 2013 reforça a idéia de que em 2013 não será possível manter a taxa de juros tão baixa. Será necessário aumentar a taxa de juros para conter a elevação dos preços. Hoje a taxa Selic está em 9,75%.
De acordo com o Relatório do BC feito a cada trimestre sobre a inflação e que foi divulgado ontem, este ano os analistas esperam uma inflação de 4,4%. Essa estimativa leva em conta a Selic de 9,75% e o dólar a R$ 1,75.
Para 2013, o Banco Central prevê, de acordo com o Relatório, uma inflação de 5,2%, ou seja, bem acima da taxa média que é 4,5%. No ano passado, no relatório divulgado em dezembro, a estimativa para os dois anos – 2012 e 2013 – estava em 4,7%. Para a entidade monetária, o país está crescendo abaixo do potencial com ritmo da economia moderado, mas com tendência de aceleração para o segundo semestre.
Esses fatores influenciam nessa estimativa feita pelo Banco. Hoje as importações mais baratas ajudam a conter os preços no país. No entanto, há fatores que podem influenciar ainda como as negociações salariais. Essas mudanças podem ter interferência na inflação. Segundo o banco, para manter um mercado em equilíbrio seria necessário um salário moderado.