As empresas controladas por Eike Batista, de capital aberto, bateram recorde de perdas. Um estudo da empresa de consultoria Economática, divulgado na quarta feira (28), revelou que foram mais de R$ 1 bilhão. Eike é dono do Grupo EBX, que controla seis grandes companhias com ações em cotação na Bolsa de Valores de São Paulo, de forma que os balanços precisam ser públicos e divulgados com determinada periodicidade.
De acordo com o levantamento, os prejuízos que as seis companhia acumularam no ano passado foram maiores que o dobro do valor registrado em 2010, quando marcaram R$ 448 milhões de perdas. Quem mais sofreu foi a companhia petrolífera OGX, registrando R$ 482,2 milhões, seguida pela MPX Energia, com R$ 408,6 milhões.
Apenas uma das empresas de capital aberto comandada pela EBX conseguiu obter lucro no ano passado, a construtora naval OSX, que conquistou lucro líquido de R$ 7,6 milhões. As perdas estão relacionadas com o fato de a maior parte das companhias serem ainda novatas, não conseguindo recuperar o investimento milionário que receberam.
Situações
Por exemplo, é o caso da OGX. Ela foi criada no ano de 2007 e depois de investimentos que fizeram dela a maior petrolífera privada que está em operação no Brasil. Ela tem vinte e nove concessões e só conseguiu vender o primeiro lote de petróleo nesta última semana.
Por outro lado, a PortX é dona de um porto ainda em construção gigantes no estado do Rio. Na Bolsa de São Paulo, a primeira empresa de Eike a ser inscrita foi a mineradora MMX. De acordo com as informações da Economática, o valor de mercado das seis companhias no momento de fechamento da bolsa na terça feira (27) era de R$72 bilhões.
O grupo EBX de Eike reúne ainda outras empresas, além destas seis companhias. Entre elas, a produtora de ouro AUX, a imobiliária REX e a IMX, uma companhia de esportes e entretenimento.