terça-feira, novembro 26, 2024
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MEC notifica 30 universidades por problemas com o Enade

O Ministério da Educação (MEC) confirmou ontem, sexta feira (23), a notificação de 30 instituições de ensino superior por irregularidades nos dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). De acordo com o Ministério, as instituições terão até o final de março para apresentar informações corretas ao MEC.

O Ministério identificou “inconsistência dos dados” ao relacionar o número de alunos registrados pelo Censo e o total de universitários que realizaram o Enade. De acordo com órgão, o número de alunos era bem maior ao dos que prestaram o exame, indicando que apenas os melhores estudantes estavam realizando a prova.

Na quinta feira (22), o Ministério anunciou a realização de uma auditoria na Universidade Paulista (Unip) para aprofundar as investigações a respeito de uma suposta fraude no Enade. Segundo a assessoria do MEC, caso seja confirmado os problemas nas 30 instituições listadas, elas passarão pela mesma auditoria.

O Exame é aplicado todos os anos para estudantes ingressantes e concluintes de cursos superiores, tanto de universidades públicas, quanto particulares. Em cada ano é avaliado um grupo diferente de cursos de graduação.

O objetivo é medir a qualidade do ensino ofertado pelas universidades. Aquelas que apresentaram um resultado insatisfatório poderão sofrer diferentes sanções do Ministério da Educação, como por exemplo, o corte de vagas e até mesmo o fechamento do curso.
Universidade Paulista.

De acordo com uma nota divulgada pelo MEC, a auditoria ocorrerá dentro de um prazo de 60 dias, sendo realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e pela Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres).
A denúncia encaminhada ao MEC informava que a Unip escondia os estudantes que apresentavam baixo desempenho, lançand
o a nota deles apenas depois das inscrições do Enade. Pode participar do Exame apenas que tem uma carga horária mínima do curso cumprida de 80%.

Depois das denúncias, o Ministério da Educação mudou a regulamentação da prova. Já este ano, os alunos que ainda cursam o penúltimo semestre dos cursos avaliados também irão participar da prova.

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