terça-feira, novembro 26, 2024
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20% dos produtos consumidos no Brasil são de importados

Em 2011, de todo o consumo brasileiro 20% dos produtos eram de origem importada. Dessa forma, de cada cinco produtos vendidos no ano passado, um foi fabricado no exterior. Essas informações fazem parte de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Houve um aumento de 2% em relação ao percentual de 2010. No ano anterior esse valor chegava a 17,8%, enquanto em 2011 alcançou 19,8%.

A pesquisa concluiu que mesmo a indústria brasileira contribuiu para aumentar o consumo dos produtos importados. A CNI observou que 21,7% dos produtos usados pelo setor industrial não eram feitos aqui. Esses 21,7% também representam uma alta se comparados aos dados observados desde 1996. É um recorde dos últimos 15 anos de pesquisas. Essa parte da pesquisa também é feita em parceria com a Funcex, que é um centro de estudos de comércio exterior.

A mesma pesquisa também mostrou que importações e exportações atingiram percentuais próximos. O valor observado, por coincidência, é o mesmo. Durante o mesmo período analisado foram exportados 20% da produção nacional. É o mesmo percentual do consumo de importados no país. Esse mesmo valor, de acordo com a CNI, não é positivo. Até 2007 os números estavam mais distantes e as exportações superavam, de longe, as importações. Essa aproximação entre os percentuais de importação e exportação é resultado da crise de 2008 que atingiu a produção interna.

Outro dado importante da comparação com os anos anteriores é que enquanto as importações batem recorde dos últimos anos, as exportações estão abaixo de um valor já alcançado. Em 2004, foram exportados 22,9% da produção nacional. Segundo Flávio Castelo Branco, da Unidade de Política Econômica da CNI, esses números são resultado do câmbio valorizado somado com o consumo interno crescente. De acordo com o cenário atual, a tendência da economia é que continue neste ritmo, em que haverá um consumo mais intenso de produtos importados do que exportados.

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