Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro mostrou que duas em cada três cidades têm situação financeira crítica. Os principais problemas são a falta de receita própria e de investimento por parte do governo estadual e federal. Além disso, as cidades possuem um gasto elevado com o funcionalismo público. O número chega a 63,5% de municípios que tem dificuldade para manter os salários e os investimentos anuais para a população.
Essa informação foi retirada do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) com os dados no ano de 2010. Ele serve para medir a qualidade da administração dos municípios. Em todo o país, apenas 1,8% das cidades foram enquadradas na ponta do índice, com gestão excelente. Foram avaliadas 5.266 prefeituras na pesquisa. Esses dados ajudam a mostrar também a diferença na qualidade dos serviços oferecidos para a população nas regiões do país. Das 100 melhores administrações municipais, 81 ficam concentradas no Sul e Sudeste do país. Ao contrário, as 93 piores estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Há ainda forte correlação com a renda.
Depois da validação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a média desse índice contabilizada entre todos os municípios foi de 0,53, um aumento de 1,9% se comparado ao resultado de 2006. O valor desse índice representa que as prefeituras estão no nível de “gestão em dificuldade”. Esse valor foi influenciado de forma negativa por alguns fatores. O primeiro deles é do aumento com gastos com pessoal, o aumento do custa da dívida e um avanço muito reduzido na receita adquirida pelo município. O aumento positivo ocorreu nos setores de investimento, pagamento de contas atrasadas e com influência do crescimento econômico.