As busca de destinos internacionais por adultos brasileiros tem aumentado significativamente nos últimos anos. Os motivos que levam essa camada da população a buscar algo além dos roteiros tradicionais vão desde melhores oportunidades de emprego a realização de antigos sonhos.
A questão do tempo é maior empecilho. “Eles costumam viajar para realizar cursos voltados a sua área ou, então, quando estão em período de transição de carreira”, explica Ana Luiza Purchio, gerente de produto da EF Cursos no Exterior.
É o caso de Ilse Mancuso, de 70 anos, que vai viajar para Malta estudar. Ela já está com a passagem marcada para o mês de abril e deverá ficar por lá durante 14 dias, tendo aulas de inglês e curtindo o turismo da região. Apesar da idade, a gaúcha irá realizar o intercâmbio se hospedando na casa de uma família.
Esta nova procura de destinos e público tem criado um novo nicho no mercado de intercâmbio. Hoje existem até escolas que recebem somente intercambistas adultos. “Dessa maneira, eles se aproximam de pessoas da idade deles. Não vão ter aulas com alunos de 16 anos”, explica Ana Luiza.
Apesar de as escolas oferecerem diferentes tipos de curso no exterior, a procura por programas voltados a conversação em outras línguas são os mais procurados.
Rotina dos cursos
A carga horária de cada curso é muito variada. No caso de um curso normal, os estudantes podem cumprir 26 horas ou aumentar para 32, se a opção for no modo intensivo. Quem fica menos tempo em sala de aula, tem mais tempo para visitar os pontos turísticos do local.
O programa para adultos ainda possui algumas semelhanças com o intercâmbio para adolescentes, como por exemplo, a possibilidade de acomodação em casa de família ou residência estudantil.