Cerca de 200 motoristas e cobradores de ônibus do serviço de transporte coletivo de Belo Horizonte e Região Metropolitana, decidiram nesta sexta-feira (9) que iriam entrar em greve a partir desta segunda-feira (12), caso não tenham suas reivindicações trabalhistas atendidas ou então uma outra contraproposta por parte das empresas de ônibus.
A paralisação foi decidida em assembleia da categoria que foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte – STTBH. Logo depois, os trabalhadores realizaram uma passeata, paralisando o trânsito no início da noite. Foi a segunda reunião, já que na primeira ocasião as propostas foram recusadas e não houve consenso entre o sindicato e as viações.
As principais reivindicações são o reajuste salarial de 49%, 30 folhas de tíquete-alimentação no valor de R$ 15,00 cada uma, participação nos lucros e resultados, jornada de trabalho de seis horas por dia, além da instalação de banheiros femininos nos terminais de ônibus.
Já entre as propostas das empresas estão o aumento de 13% nos salários dos motoristas e cobradores desde que a jornada diária aumente em 20 minutos, o reajuste de 6% no tíquete-alimentação e participação nos lucros e resultados de R$ 150,00 para quem ganha até R$ 1.000,00 e de R$ 300,00 para quem ganha acima de R$ 1.000,00.
O sistema de Belo Horizonte e região metropolitana possui cerca de dois mil e 700 ônibus, reunindo 18 mil profissionais na categoria. Geraldo Mascarenhas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte, informou que deverá ser mantida uma frota mínima de 30% dos veículos em operação.
Até a sexta-feira, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte não havia recebido um comunicado formal a respeito da greve dos rodoviários. Uma série de operações especiais de trânsito deverão ser montadas para evitar transtornos no transporte público.