As regiões de Alto Solimões e Baixo Amazonas têm preocupado a Associação Amazonense de Municípios (AAM), comunicou Jair Souto, prefeito de Manaquiri, devido a elevação das águas do Rio Amazonas nas últimas semanas. Em entrevista, o prefeito disse que a situação mais grave ainda é na calha do Purus, já que no Juruá o rio já começou a baixar. Porém, municípios do Alto Solimões e Baixo Amazonas estão em alerta, já que o ápice da cheia ainda não atingiu esses locais.
Em Parintins (325 km de Manaus), o nível do Rio Amazonas já ultrapassou as cotas de 2010 e 2011 e se encontra a pouco menos de oito centímetros para atingir a grande cheia ocorrida em 2009, quando a Ilha se dividiu em duas. Na época, o porto de Parintins alagou e a Cidade Garantido foi tomada pelas águas.
Segundo o levantamento feito pela AAM, em parceria com as prefeituras do interior do Amazonas, três municípios do Alto Solimões estão em situação de alerta. São eles Atalaia do Norte, Benjamim Constant e São Paulo de Olivença. Já Amaturá se encontra em estado de atenção.
Em Atalaia do Norte a situação é considerada a mais grave, onde o nível do rio Solimões, estava a cerca de 40 centímetros do maior nível que já foi registrado na região. Estima-se que mais de 1,2 mil famílias já foram diretamente atingidas pela cheia.
Já no Baixo Amazonas, todas as cidades, com exceto Urucará, estão em estado de alerta, contudo os maiores problemas estão em Parintins e Boa Vista do Ramos. Em Parintins, o rio Amazonas estava a apenas sete centímetros da marca registrada na sua maior cheia e, além disso, outra preocupação é o deslizamento de terra na encosta da cidade. Em Boa Vista do Ramos, mais de 100 famílias, localizadas em Aninga e São Tomé, duas comunidades da zona rural estão isoladas.