A produção brasileira de soja na safra 2011/12 deve totalizar 68,228 milhões de toneladas. Esse número mostra um recuo de 8% comparando-se com a safra anterior, que fechou em 74,380 milhões de toneladas. Essa é uma previsão divulgada nesta segunda-feira (5) por Safras & Mercado.
No relatório publicado no dia 27 de fevereiro, a previsão era de 70,273 milhões de toneladas. Esse corte de 3% entre as duas estimativas se deve a prolongada estiagem na região Sul do Brasil, durante o mês de dezembro e o início de janeiro. Além disso, o clima seco persistiu em algumas partes da região em fevereiro e isso contribuiu para a nova redução.
Estima-se que a área plantada passou de 24,170 milhões de hectares em 2010/11 para 24,968 milhões na temporada 2011/12, o que equivale a um aumento de 3%. No entanto o rendimento médio por hectare caiu de 3.077 quilos obtidos no ano passado para 2.733 desta safra. O Rio Grande do Sul foi o estado mais prejudicado pela estiagem. A produção terá corte de 37%, já que no ano passado foi de 11,5 milhões de toneladas e atualmente não deve passar de 7,3 milhões. No Paraná, a quebra da safra foi de 29%, diminuindo de 15,4 milhões para 10,9 milhões de toneladas.
O Mato Grosso é o estado líder no ranking de produção nacional, com colheita estimada em 22,2 milhões de toneladas. Ao contrário dos estados do Sul, o Mato Grosso apresenta estimativa de crescimento de 8% em relação aos 20,5 milhões de toneladas obtidas na safra anterior, de 2010/11. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Flávio França Júnior, o que foi decisivo para essa redução da produção foram os problemas que atingiram os principais estados produtores, embora o Mato Grosso tenha mostrado crescimento.
No centro-sul do país, o principal fator responsável pela queda na produção foi a estiagem de dezembro e parte de janeiro, mais a continuidade em algumas regiões no mês de fevereiro. Na região central, o resultado abaixo do esperado se deve aos prejuízos trazidos pelo avanço da ferrugem asiática.