O dólar terminou a quarta-feira (22) com o menor nível em quase quatro meses. Essa queda ante o real é reflexo do ingresso de recursos nas últimas horas da sessão pós-Carnaval. O Banco Central (BC) voltou a intervir por meio de um leilão de compra de dólar para evitar que a moeda fechasse cotada a menos de R$ 1,70.
Mesmo com a preocupação do BC, a moeda caiu 0,41% fechando no valor de R$ 1,7070. É o menor valor constatado desde 31 de outubro, quando a cotação fechou em R$ 1,7026. Durante todo o dia a taxa de câmbio variou entre R$ 1,7042 (-0,57%) e R$ 1,7175 (+0,20%). Para o operador de câmbio da corretora Renascença, José Carlos Amado,essa baixa do dólar é resultado da entrada da moeda no país. O analista argumenta que em dias de baixa liquidez, pequenas entradas já são suficientes para desvalorizá-la.
Leilão é anunciado para tentar evitar queda da moeda
Quando se percebeu a desvalorização do dólar, o BC anunciou um leilão de compra de moeda tendo R$ 1,7083 como valor de corte. Esse leilão foi a segunda operação em 15 dias feito pelo BC. Nas últimas sete sessões ele não havia atuado, mas voltou a aparecer na tarde de ontem.
Para Jorge Knauer, do Banco Prosper, essa é uma estratégia da entidade monetária para controlar a volatilidade do mercado. O Brasil tem registrando grande entrada de dólar no país, sendo que o superávit cambial entre os dias 6 e 10, por exemplo, chegou a US$ 3,828 bilhões.
Os negócios nesta quarta feira iniciaram por volta das 9 horas da manhã, pois já era possível registrar operações de compra e venda da moeda no mercado brasileiro. Já no interbancário, as atividades iniciaram por volta das 13h, ao mesmo tempo em que se abriu também o mercado futuro de dólar na BM&FBovespa.