A instalação de mais segurança à favela, logo interferiu na economia do local. Foi realizado pela FGV a pesquisa “UPP e a economia da Rocinha e do Alemão: do choque de ordem ao de progresso”. A pesquisa revelou que após a instalação da UPP alguns aluguéis tiveram uma valorização de 6,8%.
Esse valor é superior ao valor do aluguel na região do ‘asfalto’. Antes das UPPs os aluguéis estavam cerca de 25% mais baixo nas áreas de favela. Isso quando eram comparados a imóveis com características semelhantes na cidade formal. O mercado imobiliário tem se mostrado como um termômetro da economia na favela.
Com a ocupação na Rocinha, os preços das casas aumentaram em até 15 mil reais. Apenas um dia após a ocupação policial, cerca de 70 pessoas procuraram imobiliárias da favela em busca de comprar, vender e alugar imóveis. O morador Jorge Ricardo Souza resume: “Era bom para comprar e horrível para vender quando tinha guerra. Agora é diferente”.
Assim como os imóveis convencionais, os valores variam conforme o local e o tamanho da casa. A Rocinha é dividida em três partes: o espaço dos ‘ricos’, moradores da Estrada da Gávea; o espaço da classe média, com imóveis um pouco maiores; e a Rocinha classe C, composta pela maioria que mora de aluguel.