A educação de surdos no Brasil tem um passado complexo e cheio de desafios. Historicamente, as pessoas com deficiência auditiva enfrentaram muitas barreiras para ter acesso a uma educação de qualidade. No passado, a falta de recursos e métodos adequados dificultava o aprendizado e a inclusão social dos surdos. Com o passar dos anos, houve uma evolução significativa nas práticas pedagógicas e na legislação, buscando assegurar o direito à educação para todos.
A história da educação dos surdos no Brasil começa oficialmente em 1857 com a fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro, pelo Imperador Dom Pedro II. Antes disso, não havia registros de instituições ou métodos educacionais específicos para surdos no país. O INES foi a primeira escola a utilizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicação e ensino, embora inicialmente o método oralista, que privilegia a fala em detrimento dos sinais, predominasse. Ao longo do século XX, ocorreram diversas mudanças de paradigmas educacionais, alternando entre a valorização da Libras e a imposição do oralismo. Foi apenas em 2002 que a Libras foi oficialmente reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, garantindo por lei o direito dos surdos à educação bilíngue. Atualmente, a educação de surdos no Brasil busca integrar o ensino da Libras e do português escrito, promovendo uma educação mais inclusiva e eficaz para a comunidade surda.
A trajetória da educação dos surdos no Brasil reflete uma luta constante pelo reconhecimento de direitos e pela implementação de práticas educativas que respeitem a identidade e a cultura surda. O progresso alcançado até agora é resultado de muita luta e persistência da comunidade surda e dos profissionais envolvidos, que continuam trabalhando para superar as barreiras remanescentes na educação inclusiva.