A educação na antiga Esparta, uma cidade-estado da Grécia, era conhecida por seu rigor e foco na disciplina e aptidão física. Diferentemente de outras cidades-estados gregas, como Atenas, que valorizavam a educação intelectual, os espartanos enfatizavam a formação militar e o desenvolvimento de habilidades necessárias para a guerra. Este sistema educacional único tinha como objetivo principal criar cidadãos fortes, obedientes e eficientes para o exército espartano.
Como funcionava a educação espartana? A educação em Esparta iniciava-se cedo, aos sete anos de idade, quando os meninos eram retirados de suas famílias e entregues ao Estado. Eles eram então submetidos ao agoge, um regime de treinamento que durava até os vinte anos. Durante esse período, os jovens eram instruídos em habilidades de combate, resistência física e sobrevivência. Além do treinamento militar, eles aprendiam a ler e a escrever, mas essas habilidades eram consideradas secundárias. A disciplina era extremamente rígida, e os meninos eram encorajados a suportar fome, dor e diversas provações para fortalecer o espírito. Aos vinte anos, os espartanos se tornavam soldados em tempo integral e serviam no exército até os sessenta anos. As meninas espartanas também recebiam educação, embora o foco fosse em prepará-las para serem mães de soldados, com ênfase em exercícios físicos e resistência.
A educação espartana era, portanto, uma ferramenta de estado para assegurar uma sociedade guerreira e disciplinada. O sucesso de Esparta como potência militar deve-se em grande parte a esse sistema educacional, que, embora controverso em sua severidade, era eficaz em produzir o tipo de cidadão que a cidade-estado valorizava.