O fenômeno climático conhecido como El Niño é responsável por alterações significativas no clima de diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Esse evento é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, o que provoca mudanças na circulação atmosférica e afeta os padrões de chuva e temperatura em escala global.
Como o El Niño afeta o Brasil? No Brasil, o El Niño geralmente provoca um aumento das temperaturas médias, especialmente no Sul e no Sudeste do país. Além disso, há uma tendência de diminuição das chuvas no Nordeste e no Norte, o que pode levar a secas severas nessas regiões. Por outro lado, o Sul do Brasil pode experimentar um regime de chuvas acima da média, resultando em enchentes e deslizamentos de terra. Essas alterações climáticas impactam diretamente a agricultura, com perdas significativas nas safras devido ao estresse hídrico ou excesso de umidade. A pecuária também é afetada, já que a qualidade dos pastos pode ser comprometida. Além disso, a geração de energia hidrelétrica pode sofrer com a irregularidade das chuvas, afetando o abastecimento de eletricidade. A saúde pública é outra área impactada, com o aumento de doenças transmitidas por vetores, como a dengue, que encontra em climas mais quentes e úmidos condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Portanto, o El Niño tem múltiplas consequências para o Brasil, afetando desde a economia até a qualidade de vida da população.