O fim da greve dos bancários foi oficialmente anunciado na ultima segunda-feira (17), pondo fim à paralisação que durou 21 dias. O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo na sexta-feira (14), depois de terem realizado ainda outra reunião na quinta-feira (13). Mesmo a proposta da Fenaban sido aceita na semana passada, os sindicatos precisavam aprová-la em assembleia para pôr fim à greve.
Como cada região tem o seu próprio sindicato para aprovar a proposta ou não, algumas agências voltaram a funcionar antes das outras, mas a previsão era que todas voltassem ao normal até a próxima terça-feira (18). Por mais que ainda não estivessem abertos para o serviço, todos os sindicatos conseguiram agendar assembleia para a segunda-feira. A proposta oferecida na sexta-feira pela Fenaban foi a quarta tentativa de chegar a um acordo com os funcionários dos bancos.
Entre as reivindicações da categoria estavam o reajuste salarial, a valorização do piso, o reajuste da distribuição do Participação dos Lucros e Resultados (PLR), contratação de mais funcionários, o fim das metas absurdas, atendimento de melhor qualidade ao cliente, entre outros pontos. Destes, as principais conquistas foram o reajuste de 9%, contra o pedido de 12,8%, e a valorização de 12% do piso.
No caso do reajuste salarial, os 9% representam, na verdade, o aumento real de de 1,5%, pois é necessário levar em consideração o índice da inflação. A partir de agora, o piso salarial para a função de caixa passa a ser 1.900 reais, e 1.400 reais para escriturário.