As mudanças no modelo de prova do Exame Nacional do Ensino Médio acabaram pressionando os cursinhos pré-vestibulares a mudaram também os seus modelos de aula e ensino. Isso tem acontecido à medida que mais universidade passem a aceitar o Enem como principal processo seletivo.
O Exame Nacional cobra uma lista bem menor de conteúdo que os vestibulares tradicionais realizados no País. O problema é que os cursinhos continuam ensinando e instruindo os candidatos com conteúdos gerais, cobrados pelos vestibulares. Conteúdo muito maior que o exigido pelo Enem.
O Enem foi criado para avaliar o processo de aprendizagem do aluno ao longo do ensino médio e verificar a qualidade da educação. O Exame pretende cobrar menos memorização de conteúdo e fórmulas e muito mais raciocino lógico. Alguns professores acreditam que os cursinhos têm demorado em aceitar essa diferença.
A psicóloga educacional, Carmem Bragança, acredita que o Enem avalia melhor o aluno por demandar habilidades cognitivas do candidato, por isso a importância na preparação para a prova. “A grande questão é: estão os educadores e gestores de educação preparados para operacionalizar um processo de aprendizagem por competências? Tudo indica que nem no nível superior esse objetivo é plenamente alcançado”.