Os moradores Cingapura Zaki Narchi, conjunto habitacional que fica ao lado do shopping Center Norte, dizem que estão preocupados com o gás metano que está acumulado no subsolo do prédio. O condomínio também faz parte da área contaminada, mas não houve pedido de interdição do prédio. Apenas nos primeiros andares, moram aproximadamente 140 famílias.
A maior preocupação é com os apartamentos que ficam no térreo. Alguns moradores informam que receberam visitas dos técnicos da Cetesb e que houveram medições, mas que os profissionais responsáveis pela interdição do centro de compras saíram do conjunto habitacional sem falar nada. Os vizinhos do shopping garantem que sentem medo de continuar na região, mas que não há outro lugar para morarem.
O Ministério Público pede que a Prefeitura de São Paulo apresente com urgência documentos que provem o compromisso de tomar medidas de segurança para os moradores do Cingapura. Na quarta-feira (5), em reunião com representantes da Secretaria Municipal de Habitação e com técnicos da Cetesb, foi decidido que a prefeitura deverá fiscalizar diariamente os 140 apartamentos que estão nos primeiros andares do condomínio e deverão iniciar o mais rápido possível as obras para instalação dos dutos que eliminarão o gás metano do solo.
Caso isso não seja feito, a promotoria poderá entrar com uma ação que peça a retirada dos moradores do condomínio. A maior preocupação do Ministério Público é afastar o risco de explosão, já que o processo de descontaminação de uma região pode demorar anos. A promotoria vai investigar se houve omissão e se há necessidade de indenizar os moradores.