Para prevenir o surgimento da osteoporose, o Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia (Sbot) recomenda que os cuidados de prevenção devem ter início ainda na infância. De acordo com o órgão, o esqueleto humano vai sendo sistematicamente trocado durante o crescimento. Na infância, esse processo acaba sendo ainda mais rápido. Ainda na idade madura, a cada ano, o esqueleto é trocado pelo menos em 6%. O órgão defende que ao realizar atividade física, o organismo recebe estímulo para ter o osso ainda mais forte, mas que isso não acontece de uma hora para outra, é preciso trabalhar por muito tempo para que o esqueleto seja adaptado a essa necessidade da atividade física.
O exame conhecido como densitometria óssea surgiu em 1992 e é o principal responsável na medição da densidade mineral dos ossos, avaliando o nível exato de cálcio. O órgão acredita que a criação desse exame foi um divisor de águas para o tratamento da doença, passando a permitir que as pessoas que estão em tratamento, conseguissem avaliar seu estado de memória, permitindo assim verificar quais são os medicamentos que mais funcionam. Vários países determinaram padrões para o exame de densitometria em 1994, de acordo com as necessidades de cada população.
Um estudo já realizado em 95 foi repetido em 2004, indicando que com o passar de dez anos, a população apresentava 10% a menos de massa óssea, um dado muito alarmante. Isso representa a perda de 1% de massa óssea a cada ano. O ortopedista que coordena os estudos do órgão explica que a população idosa está evoluindo, mas que ao mesmo tempo, a população que sofre da doença cresce ainda mais. Hoje, existem mais idosos com osteoporose do que havia há dez ou vinte anos, uma transformação que está relacionada diretamente aos hábitos que as pessoas cultivam desde a infância e também durante a juventude. Como parar de tomar leite e consumir muito mais refrigerante.
A preocupação é principalmente com a fase da adolescência, uma etapa em que o corpo forma sua massa muscular e por isso o osso tende a ter uma qualidade melhor. Até os 12 anos de idade, era muito comum a ocorrência de fraturas nas crianças. Entretanto, depois dessa idade, as fraturas ocorriam apenas em acidentes graves, porque o osso se tornava mais resistente. O quadro hoje é diferente, porque os adolescente não competem mais em práticas esportivas, sem dar início a prevenção da doença e fortalecimento de sua estrutura óssea.