A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada na manhã da última quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa que o índice de Gini, que é responsável por medir a distribuição de renda, passou de 0,496 em 2012 para 0,498 em 2013. Mesmo que essa variação seja considerada pequena, o índice voltou para o mesmo nível que havia atingido em 2011, interrompendo um caminho percorrido sem quedas desde 2001. Esse índice é a medida do grau de concentração de uma distribuição, no qual o valor vai de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).
A Região que se destacou no maior de nível de desigualdade na distribuição do rendimento do trabalho (0,523), foi o Nordeste. O Piauí apresentou o pior resultado de todo o país: 0,566. De acordo com Maria Lucia Vieira, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren), do IBGE, foi observado que de 2013 para 2012, houve um aumento no rendimento e uma certa estabilidade do índice de Gini. Além disso, viu que as variações maiores aconteceram nos rendimentos mais altos.
Renda dos trabalhadores
No ano passado, os 10% mais pobres receberam em torno de R$ 235 por mês, valor 3,5% maior do que o registrado no ano passado. Em contraponto, os 10% mais ricos, concentram cerca de 41,2% do total de rendimento de trabalho. Eles ganharam R$ 6.930, valor 6,4% maior do que em 2012. Ao todo, a renda dos trabalhadores subiu 5,7% de um ano para o outro, chegando a 1.681 por mês. Avaliando os rendimentos de todas as partes, incluindo a renda do trabalho, assim como patrimônios e investimentos, o Índice de Gini caiu gradativamente: se manteve estável em 2001 e 2002 – 0,569; depois diminuiu para 0,504 em 2012; contudo, no ano passado, voltou ao patamar de 2011, de 0,505.