A abertura da Copa do Mundo no Brasil contará com uma atração mais do que especial, já que o pontapé inicial do jogo entre Brasil e Croácia, será dado por um paraplégico que irá utilizar um exoesqueleto que teve seu desenvolvimento chefiado por um médico do Brasil, a roupa que será utilizada muito se assemelha a do super herói homem de ferro.
Fizeram parte do desenvolvimento uma equipe de 156 pesquisadores e o médico brasileiro Miguel Nicolelis foi quem chefiou a equipe para que o exoesqueleto pudesse ser desenvolvido, com o objetivo de fazer com que pessoas que possuam paralisia possam caminhar, através da utilização deste.
O exoesqueleto funciona da seguinte maneira inúmeros circuitos elétricos são instalados nos pés do traje e através destes será emitido um sinal de retorno para a pessoa que irá utilizá-lo, através de uma pele artificial que irá cobrir o braço do mesmo, este sinal de retorno irá fazer a transmissão da sensação de movimento e contato.
Miguel Nicolelis que é neurocientista da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, declarou que esta é a primeira vez que um exoesqueleto tem seu controle baseado na atividade cerebral e fornece um retorno ao paciente, além disso Miguel ressaltou que uma demonstração em um estádio, como irá ocorrer na próxima quinta-feira, nunca foi realizada, segundo ele é algo que é fora da realidade da rotina na robótica.
Os estudos do médico brasileiro começaram a ser desenvolvidos no ano de 1984, quando Miguel escreveu sua tese de doutorado baseada em conexões dos nervos no controle dos músculos, o médico relatou que sua ideia de desenvolver a roupa aconteceu no ano de 2002, quando os demais cientistas estavam começando a exploração de exoesqueletos robóticos.
No ano de 2009 Miguel soube que o Brasil iria sediar a Copa de 2014 e ele disse que houveram pedidos de ideias que pudessem mostrar um Brasil diferente do que o restante do mundo costuma conhecer, foi nesse momento que ele teve a ideia de realizar uma demonstração científica para deixar claro que o Brasil está realizando investimentos e tem potencial humano para realizar mais coisas além do já conhecido futebol
Miguel declarou que ele e sua equipe chegaram ao Brasil em março para cuidar da finalização dos preparativos para a demonstração e desde então ele e os demais integrantes da equipe mal tem saído do laboratório, porém ele declara que todo esse esforço é compensador, já que no mês de abril ele e sua equipe puderam presenciar os primeiros passos de uma pessoa com paralisa utilizando o exoesqueleto.
O exoesqueleto é chamado de BRA-Santos Dumont, que é a junção das letras com as quais o Brasil é identificado em competições de esporte juntamente com o nome do pai da aviação brasileira, Alberto Santos Dumont.