Na tarde desta terça-feira (16), a agencia de avaliação e risco Fitch anunciou que continua a manter a classificação de títulos da dívida dos Estados Unidos em AAA, nota máxima. A análise estável foi divulgada após duas semanas do anuncio da Standard & Poor’s rebaixar a nota da economia para “AA+”.
“A afirmação da classificação de ‘AAA’ da dívida soberana dos EUA reflete o fato de que os pilares chaves do excepcional valor de crédito do país continuam intactos”, explica o comunicado a agência.
A agencia aproveitou o momento para destacar o “papel fundamental no sistema financeiro dos EUA”. No comunidade, ela ainda pede por “”flexibilidade, diversificação e bom estado de saúde da economia americana”. A Fitch insistiu que o país ser mais flexível com as taxas de cambio e monetária. Segundo ela, esta seria uma forma para potencializar toda a capacidade da economia em absorver e se adaptar aos impactos.
Com o anuncio de rebaixamento da Standard & Poor’s, os mercados internacionais ficaram bastante instáveis e gerou a desvalorização de todas as bolsas mundiais. No Brasil, a Bovespa chegou a perder mais de 8% em um único dia, chegando em seu pior dia desde o pico da crise em 2008.
Entretanto, a Fitch comunicou que irá voltar a analisar a nota dos Estados Unidos assim que terminar de analisar os “resultados das deliberações” que foram tomadas pelo comitê bipartidário que deve fazer a redução do déficit do país, no final do mês de novembro.
“Uma revisão das previsões da dívida americana, seja por um crescimento mais débil da economia ou pela falta de acordo do comitê para pactuar medidas de redução do déficit, provavelmente resultaria em uma ação negativa na nota dos EUA.”, destacou a Fitch.