sexta-feira, novembro 22, 2024
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Uma pesquisa feita na USP de São Carlos, ajudam tetraplégicos a voltar a se movimentar sem precisar de cirurgia

Uma pesquisa feita na USP de São Carlos, ajudam tetraplégicos a voltar a se movimentar sem precisar de cirurgiaDe acordo com uma pesquisa que foi desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, São Paulo, irá ajudar na restituição dos movimentos em partes do corpo de pessoas tetraplégicas. O estudo foi aplicado em pacientes no Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Os pesquisadores envolvidos, afirmam que essa é a primeira vez que os impulsos elétricos conseguem recuperar o movimento dos membros sem precisar fazer cirurgia, usando apenas eletrodos que são inseridos na pele.

Um dos beneficiados com a descoberta, o aposentado Marcelo Faria que é tetraplégico, e conta com o auxílio de quatro especialistas para fazer exercícios que possam ajudá-lo a aprender a andar novamente, esse tratamento já dura em média seis anos. Ele conta que, agora já consegue se alimentar sozinho, escovar os dentes, até cantar porque sua respiração melhorou significativamente.

Desde quando ficou tetraplégico, o também aposentado Alexandre Fernandes, não tinha movimentação dos ombros para baixo e também não imaginava se poderia um dia voltar a movimentar-se, até que, há um ano começou o tratamento e melhorou o movimento dos braços. “Os espasmos diminuíram e o movimento dos braços aumentou bastante”, conta.

Bons resultados

Os pacientes foram sujeitos a um estimulo elétrico neuromuscular que foi desenvolvido pelos pesquisadores da USP. Para que chegassem a um resultado favorável, tiveram uma longa jornada de estudos, mais de 10 anos até chegar a conclusão que os impulsos elétricos de baixa intensidade gerados por eletrodos, auxiliam os pacientes a recuperar os movimentos perdidos.

O pesquisador responsável, Alberto Cliquet Junior, explica que, entra pela superfície da pele, vai até a região da medula conhecida como arco-reflexo, a informação volta e quando chega na interface nervo-músculo libera acetilcolina, o que gera contração necessária. Contudo, o estudo revela que os pacientes não precisam mais passar por uma cirurgia para poder colocar os eletrodos no corpo, é necessário somente que o dispositivo seja colocado sobre a pele para que estimule o sistema nervoso.

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