Após laudo do Corpo de Bombeiros atestando a falta de segurança na Arena Corinthians, o Ministério Público de São Paulo vai exigir da equipe e da construtora responsável pela obra, a Odebrecht, o cumprimento de quatro pontos emergenciais para garantir que o estádio possa ser liberado sem qualquer interdição para a abertura e demais jogos da Copa do Mundo.
De acordo com o laudo dos bombeiros, faltam adequações à legislação vigente, além do Auto de Vistoria da entidade. Ao todo, 26 irregularidades foram apontadas no projeto, incluindo situações perigosas na proteção contra incêndios, como as sinalizações para saídas de emergência.
Desta lista de irregularidades, quatro situações foram apontadas pelo Corpo de Bombeiros como prioritárias. Falta ao Corinthians e à construtora apresentarem o projeto técnico corrigido de segurança contra incêndio, e medidas compensatórias para o que não foi realizado.
O clube também precisa apresentar um estudo para que seja estipulada a lotação máxima, incluindo questões de segurança em caso de emergências dentro da Arena, e o tempo de percurso dos expectadores até as saídas de emergência. Na ala leste da construção, é preciso garantir maior ventilação, além de acabamentos dentro das especificações de segurança e instalação do sistema de incêndios com chuveiros automáticos nas áreas de lojas e lanchonetes, por exemplo.
Os pedidos se repetem na ala oeste, que também depende de adequações no piso de descarga do setor de camarotes e sistema de controle de fumaça. Caso estas exigências não sejam atendidas, o Corpo de Bombeiros pode impor interdições nos setores irregulares, independentemente de a inauguração do campo acontecer justamente no primeiro jogo da Copa do Mundo.
Direitos do torcedor
Caso haja restrição de acesso a partes da Arena Corinthians, as pessoas que forem prejudicadas devem ingressar com ações contra o clube, a construtora Odebrecht e a Fifa para ressarcimento e garantia dos direitos do consumidor. Corinthians e construtora já garantiram que o projeto atendendo às exigências deve ser apresentado em breve ao Ministério Público.