O Brasil tem condições de seguir avançando em qualidade de ensino graças às políticas públicas adotadas para o setor. A afirmação é de Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e foi emitida em resposta à pesquisa que colocou o país em uma colocação desconfortável no ranking de capacidade dos estudantes para a resolução de raciocínios lógicos.
A pesquisa foi realizada em 44 países, e o Brasil ficou apenas com o 38º lugar. Os resultados foram divulgados na última terça-feira (1°) pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que encomendou o estudo. Nele, estudantes de 15 anos precisaram resolver questões de raciocínio lógico inseridas em situações do cotidiano.
O mesmo estudo apontou que pouco mais de 1% dos estudantes foram capazes de acertar todas as questões aplicadas no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Para Francisco Soares, o resultado é sinal de que o Brasil, aos poucos, caminha para a evolução, tendo em vista que os melhores índices do Brasil na prova foram de 2%, enquanto os melhores resultados dos outros países foram de 11%. Segundo Soares, estes nove pontos percentuais representam a menor diferença já registrada nesse tipo de análise.
Preparados para o futuro
Ainda segundo o presidente do Inep, as políticas públicas brasileiras para a educação estão prontas para melhorar os resultados do país nos próximos anos. Entre as ações, Soares cita o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que segundo ele insere no curriculum justamente questões lógicas aplicadas ao cotidiano dos estudantes.
No Pisa, os participantes foram submetidos a questões que envolviam o uso de aparelhos eletrônicos populares entre os jovens, ou situações cotidianas como a compra de passagens de transporte público. Cingapura, Coreia do Sul e Japão tiveram os melhores resultados, enquanto Uruguai, Bulgária e Colômbia ficaram com as três últimas posições do ranking.