Nesta terça-feira foi divulgado o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O estudo avaliou, de maneira inédita, a capacidade de resolução de problemas matemáticos aplicados à vida real em alunos de 15 anos, de 44 países diferentes.
O Brasil ficou apenas com a 38ª colocação, tendo somente 2% de alunos que conseguiram resolver questões mais avançadas. A média entre estrangeiros foi de 11%. Entre gêneros, o desempenho dos meninos foi melhor, com 436 pontos contra apenas 412 das garotas. Os três últimos países desse ranking são Uruguai, Colômbia e Bulgária, enquanto que a liderança ficou com os asiáticos Cingapura, Coreia do Sul e Japão.
Na metodologia foram incluídas situações como o manuseio de aparelhos eletrônicos, compras de ingressos e bilhetes e operação de outras máquinas. Uma das perguntas, por exemplo, questionava o entrevistado sobre como escolher um determinado estilo musical, com um volume definido e sem reiniciar o aparelho.
Capacidades como raciocínio crítico, autonomia, liderança, tolerância e facilidade de relacionamento foram avaliados pela primeira vez no Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que tem reconhecimento mundial na avaliação das habilidades matemáticas, e é aplicado a alunos que saem do ensino fundamental. A execução acontece a cada três anos.
Zona crítica
Os últimos desempenhos brasileiros foram muito baixos. Entre os 65 países avaliados na edição anterior, por exemplo, o Brasil ficou apenas com a 58ª colocação na avaliação de matemática, e a 59ª em ciências. Já na leitura, o país não passou do 55º lugar.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o governo federal pretende aumentar os investimentos na área da educação, melhorando a qualidade do ensino e a carga horária das escolas.