A Eletrobrás registrou o segundo ano consecutivo de prejuízos. Em 2013, a saldo negativo foi de R$ 6,3 bilhões, enquanto no ano anterior havia tido R$ 6,8 bilhões no ano anterior, sendo o maior resultado negativo da história da companhia. Porém, a expectativa do presidente da Eletrobrás acredita que os números de 2014 serão muito diferentes.
José da Costa Carvalho Neto afirmou que, apesar do resultado, a companhia quer investir R$ 14,1 bilhões no ano, o que deve garantir lucros no balanço final, recuperando o porte da empresa. A última vez em que a Eletrobrás teve bons números no final do ano foi em 2011.
Entre os motivos que fizeram os números despencarem está a renovação antecipada das concessões, proposta pelo Governo Federal e que a Eletrobrás aderiu. A manobra reduziu a fatura de energia elétrica para os clientes em 20% e reduziu a lucratividade das companhias. Para a Eletrobrás, a manutenção dos ativos de geração e transmissão de energia com receita reduzida rendeu um rombo de R$ 8,15 bilhões anualmente.
Segundo o presidente, caso a companhia não ingressasse no projeto antes, as concessões precisariam ser devolvidas. Isso apenas postergaria a queda dos resultados do ano passado, que tenderiam a acontecer em 2016, e poderia ser ainda pior.
Custos revertidos em economia
Carvalho lembrou que o programa de desligamento incentivado de funcionários, que resultou na demissão de 4.200 trabalhadores, gerou um custo aproximado de R$ 1,72 bilhão no ano passado, mas que gerarão uma economia anual de R$ 1,2 bilhão a partir de 2014 apenas em folha de pagamento.
Especulou-se que a Eletrobrás poderia vender suas seis distribuidoras de energia, o que o presidente descarta. Segundo ele, as duas opções possíveis são a manutenção do método de operação atual, ou a busca por um novo sócio.