Seguindo a expectativa de analistas financeiros, a inflação cresceu em fevereiro, de acordo com dados divulgados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (12). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação brasileira, avançou para 0,69% no período, após crescimento de 0,55% no primeiro mês do ano. No ano passado, a taxa foi de 0,6% para o mês de fevereiro.
Os gastos com educação foram fatores decisivos na alta da inflação oficial. Por conta do aumento das mensalidades na educação particular, o grupo registrou aumento de 5,97% nos preços. Houve avanço de 7,64% nos cursos regulares, que representou o maior impacto individual, de acordo com a análise do IBGE. Ainda foi registrada alta de 5,95% nas mensalidades dos cursos diversos, como de idioma e informática, por exemplo.
Também influenciou na alta da inflação o grupo de alimentação e bebidas, com elevação passando de 0,84% para 0,56% de janeiro para fevereiro. O desempenho foi melhor em relação ao primeiro mês do ano, mas ainda representou o segundo maior influenciador do avanço do IPCA.
Preços dos alimentos caem, mas ainda pesam
A redução entre os dois primeiros meses foi influenciada pelos preços dos alimentos para consumo dentro de casa, com redução de 0,68 ponto percentual, passando de 0,90% para 0,22%. Dentro do grupo, houve grande redução no preço do leite longa vida, com queda de 3,65%. Porém, houve alta de 11,42% nos preços de hortaliças e verduras.
O grupo de habitação teve variação para mais em fevereiro, puxado pelos preços de aluguel, que tiveram alta de 1,20%, e pelos valores de condomínio, que avançaram 0,80%. No resultado comparativo entre os dois primeiros meses do ano, a variação do grupo passou de 0,55% em janeiro para 0,77% em fevereiro.