Se não bastasse a bizarrice completamente possível de se concretizar apresentada no filme “Eu, robô”, interpretado por Will Smith, onde a inteligência artificial domina serviços como os de entregadores, cozinheiros e outras funções mais complexas, agora engenheiros produziram um robô que pode sensualizar para você.
E isso nada tem a ver com Hollywood, já que a “máquina abusadinha” que faz pole dance foi apresentada na feira de tecnologia Cebit, que começou na última segunda-feira (10) em Hannover, na Alemanha. Chamada de RoboThespian, a novidade tem câmeras no lugar da cabeça, e dança quando outro robô, fazendo as vezes de DJ, começa a tocar uma música.
O projeto foi concebido com características humanoides e tem o objetivo de educar, interagir, comunicar e entreter – e bota entretenimento nisso. Ele foi visitado pelos premiês da Alemanha e Reino Unido, Angela Merkel e David Cameron.
A criação pertence à empresa Engineered Arts, e foi feita a partir de partes de carros velhos. O “transformer sensual” é controlado por computador e custa aproximadamente US$ 4 mil. Porém, engana-se quem acha que o RoboThespian é uma completa novidade. Esta é apenas uma versão atualizada da versão apresentada ao público na edição de 2012 da Cebit.
Máquina sentimental
No início do ano, pesquisadores da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, apresentaram o robô Erwin. A máquina simula sentimentos, e é usada em um estudo que visa entender as relações entre humanos e androides.
O alvo do estudo é entender as diferenças entre o primeiro contato e a capacidade de relacionamento entre duas pessoas, comparada ao primeiro contato e interação entre uma pessoa e um robô, onde faltam características de personalidade da máquina, fator tido como motivo para não haver desenvolvimento do relacionamento.
Como as máquinas convencionais são concebidas com regras racionais, o Erwin foi programado para expressar cinco emoções básicas, facilitando a interação e permitindo maior chance de interação mais próxima. O robô não tem qualquer característica humana no visual, ao contrário da outra máquina utilizada no estudo chamada Keepon, que tem características humanoides mas nenhuma expressão de emoções.
A ideia é descobrir com qual dos dois robôs uma pessoa é capaz de desenvolver características de um relacionamento com mais facilidade.