Se em boa parte do Brasil a falta de chuva preocupou pela possibilidade de apagões e danos à lavoura, alguns locais sofrem com cheias históricas e prejuízo na safra de grãos. Porém, apesar de toda a instabilidade do clima brasileiro entre o final de 2013 e o início deste ano, espera-se que as chuvas que devem cair por todo o país nos próximos dois meses sirvam para garantir o nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Isso afastaria o risco (pequeno, mas ainda existente) de faltar energia no país, além de reduzir a necessidade de uso das termoelétricas, que encarecem o serviço de transmissão e distribuição e refletem na fatura dos brasileiros. Para garantir este resultado positivo, até o fim de abril serão colocadas em funcionamento novas usinas para auxiliar na geração de energia.
Elas devem gerar, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quase 4 mil megawatts (MW) novos. Esta energia virá de centrais eólicas e termelétricas, além de usinas hidrelétricas. A nova capacidade de geração brasileira equivale a um terço do que será gerado em Belo Monte a partir do ano que vem.
Reforço importante
A seca que atingiu o país durante os últimos meses preocupou por não ser comum, já esta é uma época de clima mais úmido e chuvas mais constantes. Além disso, entre abril e novembro há um período de estiagem natural. Porém, os quase 4 mil MW novos podem garantir que o país atravesse esse período sem maiores problemas.
Estima-se, ainda, que essa quantia seja equivalente à expectativa de aumento de demanda para 2014. Porém, a capacidade de geração vai ter avanço 6 mil e 8 mil MW, e o excedente à demanda servirá como reforço para garantir o pleno funcionamento do sistema.