O homem suspeito de agredir Jessica Otte, de 24 anos, durante uma discussão no trânsito de São Paulo, ocorrência registrada no último sábado, está pretendendo processar a publicitária vítima e sua companheira, Amanda Carbone, sob a alegação de denunciação caluniosa. A informação foi liberada pelo advogado do motorista, Paulo Roberto Barros Dutra. O motorista ainda não teve o nome divulgado pela polícia.
O suspeito prestou ontem depoimento no 15º Departamento de Polícia, no Itaim Bibi, negando que tenha agredido a publicitária com um soco, alegando ter apenas empurrado a vítima. Na foto que foi divulgada com a agressão, Jéssica aprece com hematomas no rosto. O advogado afirmou que os hematomas da vítima são indiscutíveis, mas que isso não teria sido causado por seu cliente e ainda afirmou com toda certeza que o motorista não agrediu a publicitária.
De acordo ainda com o advogado, o que ocorreu foi um desentendimento no trânsito, mas ainda normal, como acontece diariamente, só que agravado por uma versão midiática. Dutra foi questionado dos motivos que a publicitária teria para inventar a agressão, mas alegou não saber informar. Ele ainda relacionou o caso com o da Escola Base, onde a imprensa errou ao noticiar um acontecimento em 1994, quando donos da escola foram injustamente acusados de ter abusado das crianças.
Jéssica afirma que foi agredida por não ter avançado com o carro assim que o sinal abriu, quando estava na rua Groelândia, nos Jardins, zona oeste de São Paulo. Ela estava acompanhada da companheira Amanda no momento. Jéssica relatou ainda que mais adiante, já na avenida Brigadeiro Luis Antonio, um homem conduzindo uma Hilux teria se aproximado e acertado seu Fiesta algumas vezes. Ela saiu do carro para fotografar a batida e teria sido surpreendida com um soco no rosto e um empurrão. A mulher do condutor também estaria no carro e teria batido em Jéssica. De acordo com a publicitária, depois disso, os dois fugiram.
Entretanto, o advogado do motorista alega que o relato foi distorcido pela publicitária, sendo uma divergência da realidade a alegação de que o cliente dele agrediu a moça. Dutra nega ainda que a esposa do condutor tenha se envolvido na confusão, afirmando que seu cliente é idoso, assim como sua esposa, com mais de 60 anos. A senhora teria saído do carro ao ver que seu marido era agredido verbalmente.