A falta de um único órgão fiscalizador da internet é um dos principais motivos pela falta de segurança no país. Atualmente a maioria das ações relacionadas à segurança está sob responsabilidade do Centro de Defesa Cibernética do Exército – CDCiber e o outro é o Departamento de Segurança da Informação e Comunicações. Tanto em um quanto outro, sofrem interferências de vários ministérios não centralizando a ação que geraria um retorno mais eficiente no que diz respeito à tecnologia do país.
Além dos órgãos acima citados, a cibernética do país conta com a colaboração da Polícia Federal, ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e o Ministério de Ciência e Tecnologia. Para Samuel César da Cruz Júnior, assessor de defesa da Secretaria de Assuntos Estratégicos – SAE a ausência inter-relações institucionais entre os órgãos impele desfavoravelmente em relação à segurança digital.
Quem afirmar que esta forma confusa de fiscalizar e concluir que isto faz parte do jeitinho brasileiro está enganado. De acordo com Cruz até mesmo as superpotências como EUA, por exemplo, possui políticas ambíguas para conter possíveis ameaça no mundo virtual. Toda a estrutura fica sob a responsabilidade do Departamento de Defesa. O US Cyber Command vigia a política de defesa, já a Agência Nacional de Segurança representa segurança das redes.
O destaque em segurança, porém com ressalvas, ficou por conta de países como a França, China e Japão, porém a investigação não pôde ser aprofundada devido ao teor sigiloso do trabalho e ao fato de não poder fazer um comparativo entre as formas de administrar a internet em cada país. Dentre estes países, o assessor Cruz afirma que a China realmente está no topo de segurança, porém é necessário lembrar que os chineses meio que se fecham em relação ao uso deliberado de internet. Os EUA por sua vez, cientes da vulnerabilidade confirmam a fragilidade do sistema, até mesmo porque nenhum computador pode ser considerado altamente seguro.