sexta-feira, novembro 22, 2024
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Marcas de refrigerantes alteram receita para evitar rótulo com alerta sobre câncer

Depois da divulgação de estudos sobre o assunto e da pressão popular, as indústrias das bebidas Coca-Cola e Pepsi anunciaram que devem alterar a base do produto para excluir da produção o 4-metil-imidazol, mais conhecido como 4-MI. Há algum tempo, pesquisas com animais indicaram que esse material tem efeitos cancerígenos. O 4-MI é utilizado pelos fabricantes destes refrigerantes, pois são responsáveis pela coloração caramelo.

O CSPI, que é um Centro de Ciência americano, divulgou o resultado de uma análise que mostrou que essa substância é encontrada em grande quantidade nos refrigerantes da marca Coca-Cola e Pepsi. O órgão de pesquisa já havia solicitado que a FDA, órgão responsável pela alimentação e saúde nos EUA, banisse o uso dessa substância ainda no começo de 2011. No entanto, somente agora o assunto causou impacto na sociedade.

Depois de um ano que a pesquisa foi divulgada, as empresas resolveram substituir o produto das bebidas. Isso ocorreu, principalmente, porque a Califórnia passou a considerar o 4-MI como um componente cancerígeno. Para poder continuar utilizando o produto, as fabricantes seriam obrigadas a especificar no rótulo que a bebida possui um componente cancerígeno. Para evitar perdas comerciais, ambas as empresas anunciaram que vão modificar as suas receitas. Além da Califórnia, os demais estados americanos também terão o produto sem o 4-MI.

Ainda não se sabe se a mesma regra deve valer para outros países que recebem os produtos destas duas marcas, já que neles a substância não é considerada como cancerígena. Também não há informações de como os fabricantes vão abordar isso no Brasil e se o corante será substituído também por outra substância que não seja maléfica para a saúde.

Latas de Coca-Cola contém alta quantidade de 4-metil-imidazol

As pesquisas realizadas pela CSPI mostraram que uma lata da bebida Coca-Cola contém cerca de 140 microgramas de 4-MI. As de Pepsi apresentam uma quantidade um pouco mais elevada podendo chegar a mais de 150 microgramas. As análises mostraram que não há diferença entre as normais e a versão diet. As pesquisas realizadas pelo Centro mostraram que o 4-MI está relacionado aos cânceres de pulmão, tireóide e até mesmo com a leucemia.

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