O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou crescimento de 0,07% em fevereiro, depois de uma elevação de 0,30% verificada em janeiro. Esses dados foram pesquisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgados nesta quarta-feira (7). Alguns analistas previam deflação de 0,02%.
Em fevereiro do ano anterior, o IGP-DI tinha crescido 0,96%. No período de 12 meses o índice acumulou alta de 3,38%, mas os dados apresentados hoje pela FGV confirmam uma tendência de desaceleração dos preços na economia. O IGP-DI é utilizado como ponto de referência para correções de preços e valores contratuais. É também o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice é usado ainda no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
IPA, IPC e INCC também apresentam variação negativa
Outro índice que teve queda foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Disponibilidade Interna (IPA-DI). Ele serve para calcular os preços de bens agropecuários e industriais nas negociações comerciais e responde por 60% do IGP-DI. O IPA-DI mostrou uma variação negativa de 0,03%, após alta de 0,01% em janeiro. Nessa mesma linha está o Índice de Preços ao Consumidor-Disponibilidade Interna (IPC-DI) que mede a evolução dos preços para as famílias com renda até 30 salários mínimos. Este índice subiu 0,24% ante 0,81 em janeiro e corresponde a 30% do IGP-DI.
Outro indicador que incide em 10% do IGP-DI é o Índice Nacional de Custo da Construção-Disponibilidade Interna (INCC-DI). Ele é responsável por calcular a evolução de custos na área de construção civil. Em fevereiro avançou 0,30%, após uma alta de 0,89% no mês anterior. Os resultados apresentado pelas pesquisas nas últimas semanas mostram recuo da inflação e até deflação. Este cenário favorece a queda da taxa Selic, que está em 10,5% ao ano e deve perder mais 0,5% depois da reunião do Copom desta quarta-feira.